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Born To be Wild (Composição: Steppenwolf) Ligue sua moto/ Vá para a estrada em busca da aventura / Não Importa o que aconteça no caminho / Sim querida, faça acontecer / Pegue o mundo num abraço carinhoso / Dispare todas as suas armas ao mesmo tempo e exploda espaço afora / Eu gosto de fumaça e relampago / O estrondo do trovão correndo com o tempo e o sentimento que ele provoca em mim / Sim, querida, faça acontecer / Pegue o mundo num abraço carinhoso / Dispare todas as suas armas ao mesmo tempo e exploda espaço afora / Como um verdadeiro filho da natureza nós nascemos para ser selvagem / podemos escalar tão alto eu nunca quero morrer. Nascido para ser selvagem

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009



Este é o roteiro da minha viagem, acredito que ele sofrerá algumas mudanças até o dia da partida. Durante será conseqüência dos lugares e das atrações turísticas e culturais que encontrar pelo caminho. Ou logicamente fatores políticos, climáticos e naturais.



Motorzão V da Drag Star, o coração da minha gatinha... ou será o meu???

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O INÍCIO DE UM SONHO

Born to be Wild

O inicio de uma saga sul americana, da realização de um sonho que ficou adormecido por anos. Como todo menino as motos me fascinavam, roncos, cheiro, histórias, o fascínio que despertavam nas garotas, a potência e a liberdade... putz, a liberdade!
Por onde fosse capaz ir à imaginação de um menino pra lá iam os meus sonhos de duas rodas.

Hoje começo a escrever este capítulo da minha vida, na verdade começo a tirar do mundo da imaginação tudo o que sempre sonhei um dia poder fazer e enfim fazer.

Mas como tudo tem um começo vamos por ele. Este sonho já teve vários nomes: Yamaha FZR 1000 (Gênesis), Yamaha RD 350, Yamaha XT 600 (Teneré), Harley Davidson (qualquer uma... rs), Suzuki, Kawasaki, Ducati... e por aí vai. Big trail, super esportiva, custom, chopper... Easy rider, motoqueiro fantasma ou um outro sem destino qualquer. Mas tudo um sonho, algo que por um tempo esteve distante nos meus sonhos ou em páginas de revistas – Motoshow e Motosport.

Quando pequeno meu pai entendeu um pouco esse fascínio que as motos me causavam e conseguiu com um amigo que eu fizesse um curso para motociclistas que a Honda tinha numa concessionária aqui em Belo Horizonte. Eu tinha 16 anos, o tamanho desproporcional para os garotos da minha idade me credenciava a ter "uns anos a mais". Era tudo de bom, eu vivia com as motos e no meio delas o que fazia a minha paixão só aumentar.
Até que um dia após eu barbarizar durante o curso, a pessoa responsável pela pista e que já havia descoberto a minha idade me convidou a não voltar mais nos dias que se seguissem.

Então meus contatos com as motos ficaram apenas nas corridas de MotoCross (Hollywood Cross) e a moto velocidade.
Na primeira corrida realizada no Brasil em Goiânia em 1.987 cheguei ao ponto de falsificar uma carteira de imprensa para poder estar bem perto daquele mundo. Não sei como, mas um muleque com uma carteira falsa que nem no Mineirão eu consegui entrar depois deste evento, estava simplesmente no paddock, na pista, ao lado de Randy Mamola, Eddie Lawson, Wayne Gardner e por aí vai. Acho que dá para pensar o pinto no lixo que era isso, né!
Mas isso tudo apenas ao alcance dos olhos, seja ao vivo, seja pelas revistas ou pela TV.

E o tempo foi passando, a roda girando e o sonho adormecendo cada dia mais um pouco. Nunca me contentaria com CG ou uma BIZ, por exemplo, tinha que ser uma daquelas lá de cima, tinha que me dar tesão e dar tesão nas garotas também, afinal elas são o complemento ideal para essas máquinas. Assim eu pensava... rs

Sonhos são feitos para se realizarem, sonhamos com o que queremos. Temos a obrigação de tornar realidade estes sonhos, pois isso é que nos faz ser vencedores, isso é o que nos faz ser diferente e uma referência. Isso é a história da nossa vida e é como devemos escrevê-la.
Foi assim então que um dia resolvi começar a escrever esta história e numa única jogada entrei na concessionária para realizar este que seria o início da saga sul americana. Lógico que não entrei com este intuito, ele é conseqüência do primeiro passo. Porque o segundo foi simplesmente a minha custom, a Yamaha Drag Star 650. Ao vê-la senti que ela me completaria e com ela eu começaria a escrever a minha história.

E é exatamente isso que começo a fazer agora, a dar os primeiros passos para em duas rodas realizar todos os sonhos que a imaginação de garoto um dia teve.
E este caminho se inicia rumo a Machu Picchu, minha saga sul americana parte I. Claro que haverá outras, muitas outras.

Meu objetivo será ir até a cidade dos Incas, passarei pelo Paraguai, Argentina, Chile, Peru e Bolívia. Desertos, gêiseres, altitude (pontos de até 4.900m), Ruta Pananmericana, Cordilheira dos Andes, o Pacífico, culturas diferentes, raças diferentes, o mundo ao meu alcance. Serão aproximadamente 20 dias, 6 países, 52 cidades e algo em torno de 9.000 km.
Vou sem ter compromisso com nada, sem querer ser referência para outras pessoas que um dia quiserem fazer o mesmo passeio. Meu compromisso é apenas comigo!
Mas é claro que se fiz este blog é por quero compartilhar com todos a realização deste sonho, colocarei aqui o dia-a-dia da preparação aos acontecimentos durante a viagem. Existem muitos blogs de pessoas que fizeram esta viagem e neles muitas informações e dicas. Serei mais um.

Hoje, dia 22 de fevereiro ainda estou lendo muitos blogs e procurando conhecer ao máximo informações de pessoas que já fizeram esta rota e/ou já passaram por alguns lugares por onde passarei. É fundamental ter conhecimento destas experiências.
Estou buscando todas as informações sobre documentação, minha: passaporte, carteira internacional, PID, seguro internacional de viagens e vacinas. Da moto: seguro RCTR-VI-Danos e Terceiros (Carta Verde) e quais são os países onde ele é exigido, onde fazer, quando fazer, extensão do seguro que tenho aqui no Brasil para os países que vou visitar, buscarei nas embaixadas as informações sobre outros documentos que devo ter em mãos.

Dicas que já tenho
Selante de pneu (a melequinha verde) isso numa moto que tem transmissão cardã chega a ser obrigação ter.
Galões para gasolina reserva para quando estiver atravessando o deserto e quanto estiver em altas altitudes, pois o consumo aumenta muito.
Repelente de pernilongos.
Cantilback para manter a hidratação.
Referência da Yamaha de concessionárias na cidades por onde vou passar.
Forma de pilotagem na altitude, já que minha moto é carburada.
Condições climática no período da viagem.
(esta parte até a última hora será atualizada, ou melhor, durante também)

Ainda são muitas as duvidas e muito mais coisas a aprender, mas estou no início e tenho até novembro para estar com tudo às mãos.